
Jornal A Tarde, Política
20 de abril de 2007
pg 11
Repórter: Flávio Oliveira
foliveira@grupoatarde.com.br
O ex-diretor administrativo da Ebal Geraldo Oliveira, contestou ontem as suspeitas lançadas contra ele na sessão de quarta-feira da CPI da Assembléia Legislativa que apura denúncias de improbidade administrativa na empresa, que administra as lojas Cesta do Povo.
Parlamentares petistas citaram seu nome e de outros três ex-funcionários da empresa – Josemário Galvão, Leôncio Cardoso Neto e René dos Santos Gonçalves – como possíveis beneficiários das supostas irregularidades apuradas pela Assembléia.
As denúncias feitas pelos petistas foram baseadas em dossiê anônimo enviado aos parlamentares, que esperam averiguar as acusações com o desenrolar da CPI.
Geraldo Oliveira entregou uma carta a A TARDE, na qual garante pôr à disposição da CPI seus sigilos telefônicos, bancários e fiscais, na certeza de que a abertura dos sigilos demonstrará sua “absoluta probidade”. Oliveira afirmou que, pelo que tomou de conhecimento da sessão, nenhuma acusação direta a ele foi feita pelo presidente da Ebal, Reub Celestino, a quem conhece desde a década de 1970.
“Restou, então, a dúvida quanto a ter havido interpretação distorcida, proposital ou ocasionalmente, de suas palavras, no sentido de me prejudicar ou de agradar a pessoas ou grupos que não identifico”, escreveu Oliveira em sua carta. “Conhecendo, como conheço Dr.
Reub, sei que ele não faria insinuações ou acusações baseadas em dossiê anônimo, o que seria leviandade”, continuou.
Na sessão de quarta-feira, o presidente da Ebal, respondendo a um questionamento de Yulo Oiticica (PT), disse que fez retornar Oliveira ao Desenbahia e que Josemário havia sido demitido ainda na gestão anterior, recebendo R$400 mil a título de FGTS. E que demitiu os outros dois citados pelo deputado por informações de que eles não estariam adequados ao perfil da nova gestão da Ebal.
Questionado após a sessão, Celestino confirmou ter ouvido denúncias anônimas contra os quatro citados, mesma postura adotada por Oiticica, que citou os nomes mas não apresentou elementos para a suspeita. Oliveira recusouse a dar entrevista, apenas declarou que respeita os colegas com quem trabalhou e que não quer passar por bode expiatório pela crise da Ebal.
* Outros ex-diretores da Ebal que foram citados na CPI foram procurados por ATARDE. A reportagem deixou recados não retornados na casa de Josemário Galvão – sua empregada atendeu ao telefone. O telefone de René Gonçalves, que consta emsua ficha funcional, é o da Ebal de Feira de Santana, onde atendentes informaram apenas que ele residiria em Cruz das Almas e que não sabiam seu contato atual. O telefone de Leôncio Cardoso Neto – informado em sua ficha funcional – não respondia. A TARDE teve acesso a parte das fichas funcionais por volta das 17h30. A edição foi fechada às 20 horas.
OAF diz que contratos são regulares
O diretor-executivo da Organização do Auxílio Fraterno (OAF) Marcos Paiva disse, ontem, que o contrato entre a entidade e a Ebal teve a regularidade atestada pela assessoria jurídica da empresa.
Pelo contrato, a OAF seria responsável por obras de reforma e manutenção das lojas Cesta do Povo em todo o Estado e pela intermediação de mão-de-obra para o programa Nossa Sopa. O contrato começou em 2003, no valor de R$ 100 mil por mês e, ao ser renovado anualmente, alcançou o valor de R$ 240 mil mensais (cerca de R$ 13 milhões no ano).
Paiva declarou que foi o ex-diretor de engenharia da Ebal, Leôncio Neto, quem procurou a OAF e ofereceu a parceria. De acordo com Paiva, a OAF vende produtos e serviços como forma de financiar programas de atendimento a jovens e crianças em situação de risco (que custaram, ano passado, R$ 8 milhões). A entidade, inclusive, tem contrato de manutenção predial com a Secretaria Municipal da Educação ( Smec) no valor, segundo ele, de R$ 450 mil mensais. Paiva admitiu que terceirizava os serviços de manutenção a outras empreiteiras, sem fazer licitação, ficando com 5% do recurso pago pela Ebal pela intermediação.
Até o fechamento da edição o diretor não enviou cópias de notas fiscais e relatórios de obras executadas. ( F.O.)
20 de abril de 2007
pg 11
Repórter: Flávio Oliveira
foliveira@grupoatarde.com.br
O ex-diretor administrativo da Ebal Geraldo Oliveira, contestou ontem as suspeitas lançadas contra ele na sessão de quarta-feira da CPI da Assembléia Legislativa que apura denúncias de improbidade administrativa na empresa, que administra as lojas Cesta do Povo.
Parlamentares petistas citaram seu nome e de outros três ex-funcionários da empresa – Josemário Galvão, Leôncio Cardoso Neto e René dos Santos Gonçalves – como possíveis beneficiários das supostas irregularidades apuradas pela Assembléia.
As denúncias feitas pelos petistas foram baseadas em dossiê anônimo enviado aos parlamentares, que esperam averiguar as acusações com o desenrolar da CPI.
Geraldo Oliveira entregou uma carta a A TARDE, na qual garante pôr à disposição da CPI seus sigilos telefônicos, bancários e fiscais, na certeza de que a abertura dos sigilos demonstrará sua “absoluta probidade”. Oliveira afirmou que, pelo que tomou de conhecimento da sessão, nenhuma acusação direta a ele foi feita pelo presidente da Ebal, Reub Celestino, a quem conhece desde a década de 1970.
“Restou, então, a dúvida quanto a ter havido interpretação distorcida, proposital ou ocasionalmente, de suas palavras, no sentido de me prejudicar ou de agradar a pessoas ou grupos que não identifico”, escreveu Oliveira em sua carta. “Conhecendo, como conheço Dr.
Reub, sei que ele não faria insinuações ou acusações baseadas em dossiê anônimo, o que seria leviandade”, continuou.
Na sessão de quarta-feira, o presidente da Ebal, respondendo a um questionamento de Yulo Oiticica (PT), disse que fez retornar Oliveira ao Desenbahia e que Josemário havia sido demitido ainda na gestão anterior, recebendo R$400 mil a título de FGTS. E que demitiu os outros dois citados pelo deputado por informações de que eles não estariam adequados ao perfil da nova gestão da Ebal.
Questionado após a sessão, Celestino confirmou ter ouvido denúncias anônimas contra os quatro citados, mesma postura adotada por Oiticica, que citou os nomes mas não apresentou elementos para a suspeita. Oliveira recusouse a dar entrevista, apenas declarou que respeita os colegas com quem trabalhou e que não quer passar por bode expiatório pela crise da Ebal.
* Outros ex-diretores da Ebal que foram citados na CPI foram procurados por ATARDE. A reportagem deixou recados não retornados na casa de Josemário Galvão – sua empregada atendeu ao telefone. O telefone de René Gonçalves, que consta emsua ficha funcional, é o da Ebal de Feira de Santana, onde atendentes informaram apenas que ele residiria em Cruz das Almas e que não sabiam seu contato atual. O telefone de Leôncio Cardoso Neto – informado em sua ficha funcional – não respondia. A TARDE teve acesso a parte das fichas funcionais por volta das 17h30. A edição foi fechada às 20 horas.
OAF diz que contratos são regulares
O diretor-executivo da Organização do Auxílio Fraterno (OAF) Marcos Paiva disse, ontem, que o contrato entre a entidade e a Ebal teve a regularidade atestada pela assessoria jurídica da empresa.
Pelo contrato, a OAF seria responsável por obras de reforma e manutenção das lojas Cesta do Povo em todo o Estado e pela intermediação de mão-de-obra para o programa Nossa Sopa. O contrato começou em 2003, no valor de R$ 100 mil por mês e, ao ser renovado anualmente, alcançou o valor de R$ 240 mil mensais (cerca de R$ 13 milhões no ano).
Paiva declarou que foi o ex-diretor de engenharia da Ebal, Leôncio Neto, quem procurou a OAF e ofereceu a parceria. De acordo com Paiva, a OAF vende produtos e serviços como forma de financiar programas de atendimento a jovens e crianças em situação de risco (que custaram, ano passado, R$ 8 milhões). A entidade, inclusive, tem contrato de manutenção predial com a Secretaria Municipal da Educação ( Smec) no valor, segundo ele, de R$ 450 mil mensais. Paiva admitiu que terceirizava os serviços de manutenção a outras empreiteiras, sem fazer licitação, ficando com 5% do recurso pago pela Ebal pela intermediação.
Até o fechamento da edição o diretor não enviou cópias de notas fiscais e relatórios de obras executadas. ( F.O.)
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