Jornal A Tarde, Salvador
25 de abril de 2007
pg 9
Luciana Amorim
lamorim@grupoatarde.com.br
A dívida acumulada de R$ 914 mil que a Empresa Baiana de Alimentação (Ebal) tem com o programa estadual Faz Universitário pode deixar 155 alunos das faculdades Unibahia sem efetuar matrícula no segundo semestre deste ano. O Faz Universitário concede bolsas de estudo em universidades para estudantes oriundos de instituições de ensino público.
Segundo a gerência administrativa da Unibahia, o último repasse feito pela empresa foi em março de 2005, no valor de R$ 60 mil. A TARDE apurou que outras instituições, como a Unifacs e as Faculdades Jorge Amado, estão com o repasse da Ebal em dia.
O aluno Ivan Ferreira, 23 anos, que cursa o terceiro semestre do curso de comunicação social, está preocupado com a possibilidade de não estudar. “Lutei muito para chegar aqui”, disse ele, que vemde uma família de baixa renda da cidade de Alagoinhas. Os pais, aposentados, recebem cerca de R$ 640 por mês, quase o mesmo valor da mensalidade do curso dele, que é de R$ 630.
Os alunos pretendem fazer uma mobilização. À frente do movimento, a estudante Jussara Santos, 32, que cursa o quinto semestre de comunicação social, também é contemplada pelo programa, sendo patrocinada pela Coelba.“Mesmo não tendo o patrocínio da Ebal, esta situação me preocupa, porque tenho colegas que podem vir a ser prejudicados”.Jussara se reunirá com outros alunos para decidir de que forma será feita a mobilização.“Vamos às ruas, se for preciso, lutar por este direito”, adiantou.
O programa, criado em 2001 e tido como pioneiro no País, é uma parceria entre o governo estadual, empresas e instituições de ensino.O custo da bolsa integral é dividido entre os parceiros. As universidades ou faculdades particulares entram com um desconto de 25% no valor da mensalidade. Do restante, 20% são arcados pelas empresas conveniadas, e 80% custeados pelo Estado, via renúncia fiscal para os patrocinadores.
Atualmente, 36 empresas e 14 instituições de ensino baianas participam do programa, de acordo com informações que estão no site do governo estadual.
quarta-feira, 25 de abril de 2007
terça-feira, 24 de abril de 2007
A indicação de Leôncio não é segredo
Site Bahia Notícias
24 de abril de 2007
Nos bastidores da Assembléia, deputados governistas não entendem o porquê de o ex-diretor de engenharia da Ebal, Leôncio Cardoso Neto, em recente reportagem de “A Tarde”, não revelar qual grupo político o indicou para o cargo na empresa. Neto - que é citado pela CPI da Ebal como um dos quatro ex-dirigentes suspeitos de serem beneficiários por supostas irregularidades administrativas ocorridas na empresa no governo passado - nem precisa ter tanta reserva assim, pois todos no Legislativo estadual sabem que sua indicação partiu do deputado federal Zé Rocha (ex-PFL e hoje acolhido no PR). Leôncio ficou na Ebal entre 1999 e 2006.
24 de abril de 2007
Nos bastidores da Assembléia, deputados governistas não entendem o porquê de o ex-diretor de engenharia da Ebal, Leôncio Cardoso Neto, em recente reportagem de “A Tarde”, não revelar qual grupo político o indicou para o cargo na empresa. Neto - que é citado pela CPI da Ebal como um dos quatro ex-dirigentes suspeitos de serem beneficiários por supostas irregularidades administrativas ocorridas na empresa no governo passado - nem precisa ter tanta reserva assim, pois todos no Legislativo estadual sabem que sua indicação partiu do deputado federal Zé Rocha (ex-PFL e hoje acolhido no PR). Leôncio ficou na Ebal entre 1999 e 2006.
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Retrospeciva – abril de 2007
As notícias sobre a crise na Empresa Baiana da Alimentos (Ebal) veiculadas na primeira quinzena de abril foram marcadas pelos primeiros atos da CPI da Ebal, instalada pela Assembléia Legislativa da Bahia em 20 de março, e pela reabertura, no dia 2 de abril, de 184 lojas da Cesta do Povo, após quase dois meses de suspensão de suas atividades pelo novo governador da Bahia, Jaques Wagner (PT).
A dívida herdada do governo do PFL pelo governo petista, de R$ 300 milhões (sendo R$ 80 milhões só com fornecedores), segundo afirmou Jaques Wagner em seu discurso na reinauguração da Cesta do Povo, reproduzido no Diário Oficial do Estado da Bahia (DOE) do dia seguinte, a Ebal estava falida. De acordo com o governador, para viabilizar o resgate da rede, foi preciso um processo de renegociação de dívidas, reestruturação das instalações e elaboração de uma nova política de ação, sendo que a abertura de apenas uma parte da estrutura seria um teste para saber como será o fluxo da empresa.
Em entrevista ao jornal A Tarde de 8 de abril, ao fazer um balanço dos primeiros 100 dias de governo, Wagner considerou a reabertura da Cesta do Povo como uma das maiores vitórias de seu governo até então. Embora utilize a crise enfrentada pela empresa para atacar o governo anterior, afirmando que agora a Cesta do Povo é uma “Cesta do Povo sem roubo”, o governador disse que o programa está com uma nova cara, não sendo mais uma “bandeira política”.
Poucas investigações
Sobre as investigações da CPI da Ebal, o jornal A Tarde publicou, em 12 de abril, matéria do repórter Flávio Oliveira, na qual afirma que, depois de quatro sessões, a CPI pareceria “andar em círculos”, não tendo conseguido avançar em nenhum dos pontos das investigações, nem levantar novas informações sobre denúncias de corrupção e má gestão do programa Cesta do Povo. Após sua instalação, a CPI decidiu colher mais informações junto aos presidentes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Ebal, respectivamente Antonio Honorato e Reub Celestino.
Convidado para depor na sessão de 11 de abril da CPI, Celestino, do qual a comissão esperava obter informações sobre como a Ebal foi encontrada pelo atual governo, não pôde comparecer, por motivos de viagem de última hora, conforme publicou notícia do DOE de 12 de abril, sendo seu depoimento marcado para o dia 18.
A dívida herdada do governo do PFL pelo governo petista, de R$ 300 milhões (sendo R$ 80 milhões só com fornecedores), segundo afirmou Jaques Wagner em seu discurso na reinauguração da Cesta do Povo, reproduzido no Diário Oficial do Estado da Bahia (DOE) do dia seguinte, a Ebal estava falida. De acordo com o governador, para viabilizar o resgate da rede, foi preciso um processo de renegociação de dívidas, reestruturação das instalações e elaboração de uma nova política de ação, sendo que a abertura de apenas uma parte da estrutura seria um teste para saber como será o fluxo da empresa.
Em entrevista ao jornal A Tarde de 8 de abril, ao fazer um balanço dos primeiros 100 dias de governo, Wagner considerou a reabertura da Cesta do Povo como uma das maiores vitórias de seu governo até então. Embora utilize a crise enfrentada pela empresa para atacar o governo anterior, afirmando que agora a Cesta do Povo é uma “Cesta do Povo sem roubo”, o governador disse que o programa está com uma nova cara, não sendo mais uma “bandeira política”.
Poucas investigações
Sobre as investigações da CPI da Ebal, o jornal A Tarde publicou, em 12 de abril, matéria do repórter Flávio Oliveira, na qual afirma que, depois de quatro sessões, a CPI pareceria “andar em círculos”, não tendo conseguido avançar em nenhum dos pontos das investigações, nem levantar novas informações sobre denúncias de corrupção e má gestão do programa Cesta do Povo. Após sua instalação, a CPI decidiu colher mais informações junto aos presidentes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Ebal, respectivamente Antonio Honorato e Reub Celestino.
Convidado para depor na sessão de 11 de abril da CPI, Celestino, do qual a comissão esperava obter informações sobre como a Ebal foi encontrada pelo atual governo, não pôde comparecer, por motivos de viagem de última hora, conforme publicou notícia do DOE de 12 de abril, sendo seu depoimento marcado para o dia 18.
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Depoimento pode ser suspenso
Jornal A Tarde, Política
23 de abril de 2007
pg 12
Ainda não há garantia de que o ex-presidente da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), que gerencia as lojas Cesta do Povo, Omar Brito, irá ocorrer. Brito foi convidado a depor pela CPI aberta na Assembléia Legislativa para apurar denúncias de irregularidades administrativas na empresa pública. Na sexta-feira, Brito encaminhou à CPI pedido de adiamento de seu depoimento devido à viagem de seu advogado. O pedido será analisado hoje pelos membros da comissão.
23 de abril de 2007
pg 12
Ainda não há garantia de que o ex-presidente da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), que gerencia as lojas Cesta do Povo, Omar Brito, irá ocorrer. Brito foi convidado a depor pela CPI aberta na Assembléia Legislativa para apurar denúncias de irregularidades administrativas na empresa pública. Na sexta-feira, Brito encaminhou à CPI pedido de adiamento de seu depoimento devido à viagem de seu advogado. O pedido será analisado hoje pelos membros da comissão.
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