As notícias sobre a crise na Empresa Baiana da Alimentos (Ebal) veiculadas na primeira quinzena de abril foram marcadas pelos primeiros atos da CPI da Ebal, instalada pela Assembléia Legislativa da Bahia em 20 de março, e pela reabertura, no dia 2 de abril, de 184 lojas da Cesta do Povo, após quase dois meses de suspensão de suas atividades pelo novo governador da Bahia, Jaques Wagner (PT).
A dívida herdada do governo do PFL pelo governo petista, de R$ 300 milhões (sendo R$ 80 milhões só com fornecedores), segundo afirmou Jaques Wagner em seu discurso na reinauguração da Cesta do Povo, reproduzido no Diário Oficial do Estado da Bahia (DOE) do dia seguinte, a Ebal estava falida. De acordo com o governador, para viabilizar o resgate da rede, foi preciso um processo de renegociação de dívidas, reestruturação das instalações e elaboração de uma nova política de ação, sendo que a abertura de apenas uma parte da estrutura seria um teste para saber como será o fluxo da empresa.
Em entrevista ao jornal A Tarde de 8 de abril, ao fazer um balanço dos primeiros 100 dias de governo, Wagner considerou a reabertura da Cesta do Povo como uma das maiores vitórias de seu governo até então. Embora utilize a crise enfrentada pela empresa para atacar o governo anterior, afirmando que agora a Cesta do Povo é uma “Cesta do Povo sem roubo”, o governador disse que o programa está com uma nova cara, não sendo mais uma “bandeira política”.
Poucas investigações
Sobre as investigações da CPI da Ebal, o jornal A Tarde publicou, em 12 de abril, matéria do repórter Flávio Oliveira, na qual afirma que, depois de quatro sessões, a CPI pareceria “andar em círculos”, não tendo conseguido avançar em nenhum dos pontos das investigações, nem levantar novas informações sobre denúncias de corrupção e má gestão do programa Cesta do Povo. Após sua instalação, a CPI decidiu colher mais informações junto aos presidentes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Ebal, respectivamente Antonio Honorato e Reub Celestino.
Convidado para depor na sessão de 11 de abril da CPI, Celestino, do qual a comissão esperava obter informações sobre como a Ebal foi encontrada pelo atual governo, não pôde comparecer, por motivos de viagem de última hora, conforme publicou notícia do DOE de 12 de abril, sendo seu depoimento marcado para o dia 18.
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Retrospeciva – abril de 2007
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2 comentários:
Parabéns por este Blog e principalmente pela sua finalidade.É sem sombra de dúvidas, a EBAL uma instituição com evidentes sinais da mais devalada corrupção.Devemos exigir das autoridades investigação insenta de politicagem e efetivar a auditoria com responsabilidade e que os culpados sejam punidos.Se houver,realmente, uma apuração, os culpados aparecerão .
Eduardo Leite
www.eduardoleite.blogspot.com
tenho uma amiga que recebeu o dinheiro que a ebal devia há um mês... parece que os pequenos distribuidores, pelo menos, estão tendo prioridade.
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